segunda-feira, 13 de abril de 2015

Governo Dilma: Imprensa Europeia vê "fracasso" nos protestos


A americana Lindsey Brown estava almoçando pela região da Avenida Paulista e resolveu acompanhar o protesto. Ela mora em Nova York e está passeando pelo Brasil. Questionada sobre o motivo da manifestção, ela respondeu: "As pessoas estão aqui para protestar sobre algo relacionado à economia e também contra a presidente, certo?".
Foto:Priscila Yazbek/exame/reprodução
A imprensa europeia deu bem menos destaque ao segundo dia de protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Na França, o jornal Le Mondeafirma que "os movimentos da sociedade civil, oficialmente apartidários", que covocaram as manifestações deste domingo (12) "fracassaram na aposta de reeditar a mobilização de 15 de março". Ontem, 600 mil pessoas saíram às ruas aos gritos de "Fora Dilma"; em março foram 1,7 milhão de pessoas, lembra o Le Monde.
Além da análise do jornal Le Monde, o site da revista semanal L'Obs também constata que os militantes anti-Dilma estavam menos mobilizados do que há um mês. A publicação destaca que a grande maioria dos juristas considera que as condições para a destituição da presidente não estão reunidas.

Na Espanha, o jornal El Pais cita dados revelados pelas últimas pesquisas. 
Segundo o Datafolha, 63% dos brasileiros querem que o Congresso leve adiante o processo de impeachment. 
Outra sondagem revelou que 75% dos brasileiros são a favor dos protestos e 60% reprovam o segundo mandato de Dilma. Com base nesses números e a menor mobilização neste domingo, El País conclui que Dilma pode ter chegado ao fundo do poço e, com sorte, começará a subir daqui para frente, "o que não será nada fácil", estima o diário espanhol.

Em Portugal, o site do jornal Público diz em chamada na home que os manifestantes continuaram a chamar a presidente e o Partido dos Trabalhadores de corruptos, na segunda grande marcha contra o governo em menos de um mês. Mas, na avaliação do diário português, há consenso que a aplicação jurídica do impeachment será muito difícil.
Fonte:Estadão

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