foto: Vamos à luta/reprodução
Governo da Bahia ataca o Movimento Docente e distorce informações
O Movimento Docente (MD) em reunião com o governo, no dia 24/07 (leia aqui),
apresentou a minuta da proposta de acordo, com as alterações aprovadas
pela categoria das quatro universidades estaduais (Uneb, Uesb, Uesc e
Uefs) em Assembleia, no último dia 23/07, que também aprovou a
continuidade da greve sem nenhum voto contrário. Após debate sobre as
alterações, o MD deixou claro que as alterações na minuta de acordo são
princípios defendidos pela categoria, evidenciando as preocupações em
garantir a autonomia das Ueba, sua democratização, e os direitos
trabalhistas. O governo recebeu a minuta e solicitou um tempo para
estudar nossa proposta e que responderiam com brevidade.
A
resposta do governador Rui Costa (PT), dessa vez não demorou de chegar.
Deixando claro sua inabilidade política em negociar com o Movimento
Docente (MD), o governo respondeu com uma nota enviada pela Secretaria
de Educação (SEC), ao MD. Essa distorce informações e ameaça o corte de
salário.
O
Movimento Docente já provou para esse governo que não se intimida com o
seu autoritarismo e medidas de repressão. Foi assim quando não recuamos
com a presença da Polícia Militar durante a ocupação da SEC. O comando
de greve da ADUNEB repudia veementemente essa medida intransigente do
governo Rui Costa. O MD reafirma a disposição para negociar e espera que
na próxima rodada de negociação agendada para o dia 27/07, o governo de
fato avance nas negociações.
É
importante destacar que não é verdade o que a nota oficial do governo
diz, ao afirmar que as assembleias não autorizaram a assinatura da
Minuta do Termo de Acordo apresentada no dia 18/07, durante a ocupação
da SEC. A assinatura dos representantes das ADs indica o recebimento do
documento e não o aceite do mesmo. O MD expôs os ajustes realizados no
acordo pelas assembleias docentes e responsavelmente explicou a sua
necessidade, principalmente, com relação ao orçamento que o governo sem
nenhum constrangimento manipula e tenta enganar a população alardeando
que aumentou em 10,3%. Esse dado é global e inclui a folha de pagamento.
Ratificamos que em apenas dois anos cortou 19 milhões das universidades
em custeio e investimento, que são responsáveis pela manutenção das
atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Informamos
que as assembleias docentes avaliaram o termo de acordo e reconhecem um
avanço nas negociações, fruto de mais de 70 dias em greve, com muita
luta e resistência às truculências desse governo.
A
ADUNEB salienta que esse anúncio do corte do salário fere o direito
constitucional de greve e que a história do MD demonstra que não nos
intimidaremos com mais um ato autoritário. Essa prática realizada pelo
Carlismo teve continuidade no governo Jaques Wagner, e nem por isso
deixamos de fazer duras greves e conquistar importantes direitos para a
categoria.
Em
tempo, informamos que tomaremos todas as medidas cabíveis, inclusive
jurídicas para vencer mais essa atitude arbitrária desse governo de todos os nós.
Juntos somos fortes!
Comando de Greve ADUNEB
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