O governo estadual planeja dar início no mês que vem as consultas
públicas junto a iniciativa privada para a construção da nova rodoviária
de Salvador. O equipamento será instalado no bairro de Águas Claras,
prevendo a interligação com a BR-324, além do sistema BRT, a linha 3 do
metrô e a Avenida 29 de março, projetos em fase de implantação.
"As secretarias estaduais de Infraestrutura (Seinfra) e de
Desenvolvimento Urbano (Sedur) estão agora concluindo os estudos de
dimensionamento do fluxo de passageiros do novo equipamento, já
considerando a interface com as obras previstas pelo plano de mobilidade
urbana para a capital", informou, nesta quarta-feira, 7, o secretário
de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti.
O gestor estadual foi um dos palestrantes da 29ª edição do Fórum B [+],
realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(Fieb). O tema foi a importância das parcerias público-privadas (PPP) no
setor de infraestrutura.
No caso da nova rodoviária, o secretário acredita que a PPP se dará
pelo modelo de concessão por 30 anos. A empresa ou consórcio vencedor da
licitação vai construir, operar e explorar o equipamento, tendo a
supervisão da Agerba como agência reguladora.
Próximas etapas
De acordo com Cavalcanti, as consultas públicas fazem parte da fase
preliminar do lançamento do edital, previsto para o primeiro trimestre
do ano que vem. "Nossa intenção é já licitar a obra no início do segundo
semestre de 2016", revelou. O secretário explicou ainda que as
estimativas de investimentos necessários só poderão ser feitas após a
conclusão dos estudos que vão apontar a previsão do fluxo de passageiros
que vai transitar diariamente pelo equipamento, bem superior ao fluxo
atual.
O destino do local onde funciona atualmente a rodoviária da capital
baiana, na região do Iguatemi, ainda não foi definido, como informou
Cavalcanti.
Durante a palestra, ele também alertou os empresários sobre as
barreiras burocráticas enfrentadas pelo setor de infraestrutura para a
realização de PPPs, o que, segundo ele, acaba dificultando a parceria
com as empresas para a melhoria de serviços essenciais prestados ao
público.
"Primeiro, em alguns casos, como os aeroportos, todo projeto precisa
ser, previamente, aprovado pela União, e nem sempre isso é tão rápido
quanto se deseja; depois, muitos agentes financeiros ainda exigem
documentação burocrática para liberação de recursos, a exemplo de
planilha de custos, como se fosse um projeto meramente privado ou
público", criticou.
Estradas e aeroportos
O Estado atualmente deve usar as PPPs para a obra da Estrada do Feijão,
na região de Irecê. Já há também uma parceria com produtores locais
para a recuperação de estradas na região Oeste, além das concessões
previstas para os aeroportos regionais de Barreiras e Comandatuba, que
estão ainda dependendo da liberação pela Secretaria de Aviação Civil da
Presidência da República. O aeroporto de Lençois também deve ser
ampliado e gerido por concessão.
fONTE:ATARDEONLINE
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